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A partir de vários materiais (principalmente o nanquim líquido), crio figuras que se conectam e desconectam a partir de uma linha única (ou o com o mínimo de pausas possível), que se desloca em um fluxo contínuo. É um processo intuitivo e a linha é livre, leva-me para onde quiser. Cria forma e torna-se contorno. Vai se transformando e se movimentando, até decidir parar. Dá voltas no papel, retorna por onde passou e passa por locais novos. Nesse processo, imprimo no papel a minha própria gestualidade, meu movimento, as marcas do meu corpo no momento da criação. O contraste entre o preto e o branco parte de um desejo de direcionar o foco à linha, dando destaque à expressividade do gesto.
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